Saúde Mental e a importância de abordarmos esse tema

Por Fernanda Festucci | Braptec

Você sabia que a perda de produtividade resultante da depressão e da ansiedade, dois dos transtornos mentais mais comuns, custa à economia mundial US$ 1 trilhão por ano?

A saúde mental é uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública. Por conta disso, em 1992, a Federação Mundial de Saúde Mental intitulou o dia 10 de outubro como o Dia Internacional da Saúde Mental, com o objetivo de chamar a atenção para o tema e movimentar a conversa na sociedade.

Poucas pessoas no mundo têm acesso a serviços de saúde mental de qualidade. Em países de baixa e média renda, por exemplo, mais de 75% das pessoas com problemas de saúde mental não recebem nenhum tratamento, segundo a OMS.

O grave déficit que persiste na atenção à saúde mental é resultado do subfinanciamento crônico ao longo de muitas décadas na promoção da saúde mental e na prevenção e tratamento de transtornos relacionados. A estigmatização, a discriminação e os ataques aos direitos humanos de pessoas com condições de saúde mental continuam frequentes.

O tema é tão sério que os números falam por si:

  • Cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo têm um transtorno mental e qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode ser afetada;
  • A depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes e adultos e uma em cada cinco crianças e adolescentes tem um transtorno mental;
  • Pessoas com transtornos mentais graves, como esquizofrenia, morrem cerca de 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral;
  • Quase 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano (1 pessoa a cada 40 segundos);
  • O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Mas, afinal, o que é saúde mental?

Não existe uma definição oficial para o conceito de saúde mental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções.

Dessa forma, pessoas mentalmente saudáveis conseguem vivenciar diversas emoções em um dia com mais leveza, enfrentam os desafios e mudanças da vida com certo equilíbrio e conseguem procurar ajuda quando identificam alguma desordem, perturbação, trauma ou transição que esteja impactando negativamente sua realidade.

Considerados uma prioridade pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por sua característica de acometimento em pessoas jovens, os transtornos mentais como depressão, bipolaridade, ansiedade, esquizofrenia e outros, trazem impactos significativos para o paciente e também para a família e amigos.

A pandemia de Covid-19 e o isolamento social promoveram mudanças radicais na vida das pessoas e resultaram num impacto adicional na saúde mental de todos. Por isso, a conscientização, a escuta, a fala e o Dia Mundial da Saúde Mental talvez nunca tenham sido tão importantes quanto no agora.

Quando pedir ajuda?

A fala e a escuta empática ajudam a reconhecer o transtorno mental e a vencer o preconceito que ainda existe.

Questões como ansiedade, depressão e burnout têm afetado cada vez mais o dia a dia das pessoas e os resultados de pequenos, médios e grandes negócios. Mas isso pode ser diferente!

Fique atento aos seguintes sinais:

  • Cansaço excessivo, especialmente mental
  • Dor de cabeça frequente
  • Negatividade constante
  • Alterações no apetite
  • Insônia
  • Dificuldades de concentração
  • Sentimentos de fracasso e insegurança
  • Alterações repentinas de humor
  • Alteração nos batimentos cardíacos
  • Sentimentos de incompetência

Se você perceber um ou mais desses sinais, busque apoio profissional!

Ligue 188 – Centro de Valorização da Vida.

Como cuidar da sua saúde mental?

Separamos algumas dicas para te ajudar a estar mais presente e a cuidar de quem mais importa: você!

1 – Cuide da sua alimentação

Comer bem não tem a ver apenas com a boa forma física, mas com o bem-estar geral. Opte por um cardápio variado e equilibrado.

2 – Pratique atividades físicas

Colocar o corpo em movimento de forma regular também contribui para a saúde e bem-estar emocional.

3 – Priorize o sono

É muito importante dormir bem, tendo uma boa rotina de sono. Noites mal dormidas colaboram para agravar os transtornos mentais e emocionais.

4 – Tenha momentos dedicados às pessoas queridas

É importante conviver com amigos, familiares e pessoas que nos fazem bem. Uma mensagem ou ligação também fazem toda a diferença.

5 – Reserve um tempo para o lazer

Faça atividades que te deixem feliz. Ler, dançar, desenhar, jogar e o que mais puder te tirar de pensamentos de preocupações e obrigações do dia-a-dia.

6 – Esteja em contato com a natureza

Faz bem para o corpo e para a mente estar ao ar livre, conectando-se ao meio ambiente e escapando um pouco da rotina puxada do trabalho e da casa.

7 – Desenvolva sua fé

A fé, independe de crença ou religião, está ligada à forma como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas, ao otimismo, à crença na vida e em algo que tenha significado para você.

8 – Conheça a si mesmo

Existem várias formas de se conhecer melhor, como terapias, meditação, teatro, atividades lúdicas, entre outras. Sem cobranças, apenas buscando entender melhor as suas necessidades e o que te faz bem.

9 – Permita-se sentir

É importante aceitar todos os seus sentimentos. Nossa cultura impôs que não é bom sentir raiva ou tristeza, mas estes sentimentos são importantes para que possamos ficar mais fortes e valorizarmos os sentimentos de amor, alegria, realização.

E ai, o que achou dessas dicas? Conte pra gente nos comentários e inclua as suas – vamos adorar saber!

E se chegou até aqui, aproveite também para ler o artigo “4 dicas para investir em quem mais importa: você!”.

Fonte: Paho.org, Eurofarma, Libbs, Amil e Sallet.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *